terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sentidos





No antiquário do meu interior vejo calçadas
Que nelas passem grandes histórias
Histórias de um povo que por aqui passa toda hora
E naquela pequena árvore sejam cravadas frutos


No antiquário do meu pensamento
Esteja a areia que nos diversos pés se fazem construções
Juntando-se as solas dos calçados
E, sendo lavadas pela chuva que por aqui cai


No antiquário da minha visão
Possa ver mais imagens como essa
Que trazem lembranças e deixam na saudade pequenas sombras do destino


Que no antiquário das minhas mãos
Estejam a força para que construa mais saudades
Que naquela janela pude ver passar a brisa suave


Que no antiquário dos meus pés
Estejam calçados para estar naquela sacada
Conversando com alguns bons amigos
E, que na emoção dos instantes
Não tenha medo de derramar lágrimas de sorrisos perfeitos


No antiquário da minha voz
Carregue uma tonalidade de sorrisos
Transmita a música das horas
E junte-se com as notas flutuantes do pensamento


Que no meu antiquário
Não possa vender momentos,
Mas em minha formação interior
Transmitir alegrias e sorrisos
Mesmo que sem falar,
Mas pela fala dos olhos brilhantes
Tragam a diversão que vejo no meu antiquário.

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